sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Falando nisso...


Há algum tempo, escrevi Ócios do Ofício, versão 1. Achei válido trazer a versão 2 à tona, mudando só os coadjuvantes. Antes, eram o tédio e o ócio que conversavam. Agora, após um longo período em parceria com esses dois pés-no-saco, três grandes amigos dialogam: a amizade, a cumplicidade e a compreensão.
Escrever sempre me foi um ato muito libertador, diria até aliviante. Mas, Ócios do Ofício 1 não conseguiria tal sucesso sozinho. Quis dar a ele uns estímulos a mais: a tal amizade, cumplicidade e compreensão que este ofício e minhas palavras merecem, aguilhões esses que se resumem em um alguém só.
Que nossas birras continuem sendo geniosas, caprichadas e eternas, como - para um bom entendedor de birra em compota - uma polinização de abelha em flor.

Beatriz Noele


Quando convidada, cheia de birra eu despejei algumas condições:
Ele tem que ser arrebatador, tipo beijo roubado; consolador, como aperto estreito; e, quem sabe, inspirador e cheio de uma falsa audácia juvenil notória desde já. Notou?
Quero-o como minha descarga. Pois, mesmo sabendo que a desordem sempre aumenta - que é irrefutável, inevitável -, pelo menos toda a tralha interna sai de perto, deixa de exalar enjôos. Pelo menos ela deixa de perturbar, se perde por aí. Até uma altura em que pouco importará quem a verá e o que dirão dela. Reagirei como se ela não fosse mais minha. E, afinal, nem é exatamente. Quando posta no mundo, ela é do mundo. Tal qual tudo mais nesse universo sem dono, sem dó.
Prefiro não ser incomodada quanto à tônica melodramática e/ou conformada das palavras de depois. Compreendendo isso como um vício, alimentado há quase duas décadas por uma mente em forma de lupa, as coisas parecerão coesas. Como se gostam que elas sejam.
Contudo eu preciso de alguém que ache que tudo isso cabe em uma crença. Que torne toda essa pirraça um tanto doce, paliativa e, por que não, apetitosa. Sozinha, eu aproveitarei a oportunidade apenas para mais uma lição do apanhado “como fazer algo não perdurar”, e fracassaria em escassas palavras de abandono. Melhor nem arriscar.
Pode ser? É assim que será?
Fechado, então.

Rafaela Fernandes

11 comentários:

Birra disse...

Você escreve bem, hein, flor?
:P

Nasceu! =D

Birra disse...

Só quando recebo trela de gente que sabe das coisas. Tipo você. =)

É... seja o que for, nasceu!
Agora é só ver aonde vai.

;D

Unknown disse...

Uma das coisas mais lindas da natureza: a polinização. Uma abelha e uma flor construindo um lindo jardim!

Boa SORTE!
;)

Heloisa disse...

Até que você está escrevendo feito gente!
Auahauhaua zuera. Gostei bastante. Melhor que a galera de Direito.
bjooooos
ps.: meu, odeio esse comentário do blogger.com

Unknown disse...

São minhas amigas elas...confesso que as duas mais intrigantes, um dia eu ainda desvendarei o mistério de vocês, ou não?

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Nossa, eu fico super orgulhosa de ter amigas como vocês..

Blog teste disse...

Rafaaaaaaaaaa...

Eu sabia!!! Suas palavras, sempre deliciosas para quem lê, vão, daqui pra frente, me acompanhar...basta um clique e estarei conectado ao encantado mundo de Rafaela...olha a responsabilidade, hein...portanto, abasteça sempre seus leitores...compromisso é compromisso...rsrrs...beijocas vindas da terra da garoa!!!! adorei o que li...aqui e fora....

Unknown disse...

Meu orgulho essa moça.
Beijos finhão.Você sabe
que mesmo de longe e menos
presente meu amor ainda é
tão ardente e intenso.
Parabéns e voltarei várias
vezes com certeza.

Floro Dória disse...

Essas lindas e bucólicas emoções que você exala escrevendo não pertencem ao seu mundo atual!

De onde te vêm a inspiração? de outra vida em outro século?

De verdade Rafa, te conhecendo é que consigo entender a profundidade do que dizes... deixa estar, é tudo tão lindo e puro que gostaria que fosse contaminante! esse mundo precisava de algo assim.

Beijos e beijos e continue! vou vir sempre aqui beber da tua fonte!

Adoro você
Floro